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22 de novembro de 2010

CONVITE



O Clube de Mães Santa Rita de Cássia, Círcolo Vicentino de Flores da Cunha, Associação dos Amigos de Otávio Rocha, com apoio da Escola Municipal Francisco Zilli, convidam para a exibição do filme A ÁRVORE DOS TAMANCOS.
Quando? Dia 24/11/2010 (quarta-feira)
Que horas? Às 20h.
Onde? Auditório da Escola Francisco Zilli em Otávio Rocha.
Quanto custa? A entrada é livre. 
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A ARVORE DOS TAMANCOS (L´albero degli zoccoli)



O filme A Arvore dos Tamancos é uma preciosidade. Em A Árvore dos Tamancos não existem atores profissionais. O filme foi feito exclusivamente com camponeses do norte da Itália. A época - inicio do século XX. Com precisão e delicadeza vai sendo nos apresentada aos poucos a vida dos camponeses naqueles tempos dificeis. O sistema de produção era muito simples - um dono de terras e de tudo o que estivesse sobre elas, construções, animais, árvores e o grupo de camponeses que faziam todo o trabalho agrícola. A repartição dos ganhos - dois terços de tudo o que fosse produzido ia para o dono das terras o resto para os camponeses. Feudalismo puro. No filme são quatro familias que moram no mesmo agrupamento de casas e cujo dia a dia é apresentado detalhadamente. Como convém a agricultura o período abordado é de um ano completo, onde vamos vendo as estações se sucedendo e as atividades agrícolas correspondentes à cada uma. Apesar das estórias paralelas serem vigorosas o ponto central é um garoto que mostra alguns pendores intelectuais e o padre da vila convence o pai do garoto, a liberar a mão de obra necessária, para que ele vá estudar. E nada é simples. A escola fica a 6 km de distãncia. E ida e volta a pé. Um ano de estrada destroe o único calçado do menino, um tamanco, e o pai, sensibilizado, procura por uma solução. Parece fácil mas a miséria em que vivem não torna nada fácil. A madeira é rara e um novo tamanco não está ao alcance da familia. O pai produz sua solução que dá o nome ao filme e que acaba provocando a parte mais dramática do mesmo. O filme, em suas tres horas, que não são longas, tem um conjunto de cenas brilhantes. A igreja está sempre presente. O catolicismo é forte naquele grupo de camponeses. E é necessário. É isto que segura aquela situação de exploração e dependência. As familia unidas debulhando milho e cantando canções italianas mostram que a felicidade pode ser encontrada nas situações mais difíceis. Numa das familias, o avô procura produzir tomates fora de época para poder obter um preço melhor. E faz escondido de todo mundo. Instintivamente, baseado apenas em sua observação, ele encontra soluções agronômicas corretas. Os diálogos do avô com sua neta , sua cumplice neste trabalho, explicando o que está fazendo e porque o tomate vai produzir mais cedo são maravilhosos. A viagem de lua de mel de dois camponeses à Milão mostram muito rapidamente os conflitos que estão ocorrendo nos centros urbanos.   É um belo filme que mostra com realismo e com imagens belissimas a vida dura dos camponeses e a injustiça que permeia todo o filme.

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